quinta-feira, 24 de abril de 2008

Tormenta*

*(inspirado no poema homónimo, de Fernando Pessoa, na Mensagem, incluído na Terceira Parte - O Encoberto)

Que jaz no abismo sob o mar que se ergue?
Nós, Portugal, o poder ser.
Que inquietação do fundo nos soergue?
O desejar poder querer.

Às vezes acho que sou um pouco assim. Que me deixo ficar, a pensar nos vários planos que tenho e que ajo como se tivesse muita certeza e muito tempo para os concretizar. Consigo pelo menos pensar em duas ou três coisas na minha vida que vou arrastando assim. E não gosto do sentimento que se gera quando me apercebo disso. Porque racionalmente acho que a vida é curta e que se temos de fazer algo devemos fazê-lo o mais depressa possível.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Emocionalmente incompetentes

Lembrei-me disto por causa das recentes estatísticas de perturbações alimentares e obsessões com o corpo.

Com a nossa idade, as nossas mães e avós estavam casadas, tinham filhos, umas tinham emprego outras nem por isso... Provavelmente lidavam com muito mais do que aquilo que para nós é assoberbador.

Sociologicamente há quem já tenha dito que pertencemos a uma geração de mulheres (e homens) crianças. Passamos demasiado tempo da nossa vida na escola e a preocupar-nos com um futuro profissional e isso torna-nos de certa forma emocionalmente incompetentes.

As pessoas juntam-se e casam-se pelos motivos errados. Separam-se ou divorciam-se porque provavelmente nunca se deviam ter juntado.....

Seremos mesmo emocionalmente incompetentes?
Será que emocionalmente ficámos parados na adolescência?

Às vezes parece-me que sim :)

Eu NÃO percebo


porque é que ninguém comenta este blog quando nós somos raparigas interessantes, escrevemos coisas giras e até temos uns bons visitantes por dia... É que é uma coisa que me causa assim uma GRANDE confusão!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Conversas de Gajas...

Meia às Riscas:
É claro que ele lhe deve andar a pôr os cornos

Meia de leite:
Como é que há mulheres que se sujeitam a gajos assim?...
Por mais que ela goste dele, ou se sinta inevitavelmente atraída, o amor próprio tem de vir primeiro.
Senão o que eles têm não é amor, é doença mesmo.

(…)

Meia de leite:
A sério, acho q as pessoas confundem amor com paixão e desejo e tudo o mais.
Antigamente confundia-se amor com conforto e companheirismo - depois um dos dois apaixonava-se a sério e dava divórcio.
Hoje em dia confunde-se amor com atracção - e quando a atracção morre acaba em divórcio também.

Meia às Riscas:
O problema é que a atracção é mais doentia.

Meia de leite:
Pois…

Meia às Riscas:
Demora mais a acabar, porque é física.

Meia de leite:
Por isso há tantos casais que não se amam. Estão só doentes .
(que linda conclusão)

Meia às Riscas:
Isso entristece-me.

Meia de leite:
Claro, mas também te põe num grau de "clarividência" interessante em relação às relações…

LOL

Acho que isto dava um belo post…

(In)definições...

AMOR

do Lat. amore
s. m.,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;

ant.,
graça, mercê.
com -: com muito gosto, com zelo;
fazer -: ter relações sexuais;

loc. prep.,
por - de: por causa de;
por - de Deus: por caridade;
ter - à pele: ser prudente, não arriscar a vida;
- captativo:vd. amor possessivo;
- conjugal: amor pelo qual as pessoas se unem pelas leis do matrimónio;
- oblativo: amor dedicado a outrem;
- platónico: intensa afeição que não inclui sentimentos carnais;
- possessivo: amor que leva a subjugar e monopolizar a pessoa que se ama; o m. q. amor captativo.

(In)definição daqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Hold still



I know you're somewhere out there

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dar a mão

A vida, por vezes, dá-nos a mão da maneira mais inesperada.
Como o completo desconhecido que uma vez me perguntou:
Porque é que estás tão triste?
E acertou mais em cheio que os amigos...

O problema é quando tentamos não aceitar essa mão amiga...

Procuraste-me.
E eu fugi e escondi-me.
Procura-me outra vez, pode ser?
Eu tento deixar-me encontrar...