quinta-feira, 24 de abril de 2008

Tormenta*

*(inspirado no poema homónimo, de Fernando Pessoa, na Mensagem, incluído na Terceira Parte - O Encoberto)

Que jaz no abismo sob o mar que se ergue?
Nós, Portugal, o poder ser.
Que inquietação do fundo nos soergue?
O desejar poder querer.

Às vezes acho que sou um pouco assim. Que me deixo ficar, a pensar nos vários planos que tenho e que ajo como se tivesse muita certeza e muito tempo para os concretizar. Consigo pelo menos pensar em duas ou três coisas na minha vida que vou arrastando assim. E não gosto do sentimento que se gera quando me apercebo disso. Porque racionalmente acho que a vida é curta e que se temos de fazer algo devemos fazê-lo o mais depressa possível.

1 comentário:

Unknown disse...

Mau é sermos um país que se deixa ficar...