sexta-feira, 2 de maio de 2008

Até que ponto?...

Tendo em conta certas circunstâncias pelas quais tenho passado ultimamente, surgiu-me uma questão que me tem dado que pensar e para a qual não encontro resposta, ou pelo menos uma que seja linear, imediata e inequivóca.

Cá vai ela:

até que ponto é que podemos afirmar que quem se sujeita a tudo em nome do amor (traições, faltas de respeito, agressões físicas e verbais) apenas o faz não por amor mas sim por falta de amor próprio?

E:

Será mesmo verdade que, só porque alguém se sujeita a tudo em nome do amor, não se ama a si prórpio?

E ainda:

Será mesmo verdade que só a falta de amor próprio nos pode levar a suportar tudo ou o amor, intenso e muito forte, também o pode fazer?

Eu sei que quem não se ama não pode amar ninguém, e com isso concordo, mas será que não somos abusivos quando ligamos logo a sujeição à falta de amor próprio?
Há dias dei comigo a dizer a uma pessoa: "de certa forma admiro-te porque não seria capaz de me sujeitar a tanto em nome do amor" mas depois fiquei a pensar: sou eu que nunca amei como ela ama ou sou eu que tenho mais amor próprio?
Gostava muito de ler as vossas opiniões sobre isto.

2 comentários:

Unknown disse...

Eu continuo a achar que as pessoas confundem outras coisas com amor.
Nesses casos acho que até podem amar, mas têm é de admitir que traições e agressões (físicas ou não) são sinal de falta de amor por parte do outro, e no amor, como em tantas outras coisas, não se pode levar a vida a puxar sozinho para a frente.

Quanto à falta de amor próprio, não sei se é o grande motivo.
Acho que o mais grave é mesmo ficar com aquela pessoa por medo de ficar só. Ou por se achar que não se vai voltar a gostar tanto de outra pessoa. Ou por ter medo simplesmente de aquilo ser o melhor que se arranja.

O amor próprio é importante, mas mais importante ainda é não ter medo... O medo é o verdadeiro oposto do amor.

Ritititz disse...

Já me questionei sobre isto várias vezes: "Falta de amor próprio ou excesso de fé no Amor"?

Recrimino a falta de fé que se vive nos dias de hoje. Tudo é demasiado descartável e substituivel. Mas também já passei por uma situação muito pouco saudável, por acreditar que a força e a fé do meu Amor seriam capazes de inverter o que estava a viver.

Anos volvidos a situação de facto inverteu-se, mas não pela força do meu amor. Ainda não sei bem como nem porquê (ironia do destino, talvez!), mas o que é certo é que o meu Amor Próprio aumentou muito e acredito que isso tenha sido visivel aos olhos do outro.