segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

E quando...

de repente, uma tia nossa, de quase 80 anos, se lembra de dissertar sobre a nossa vida amorosa, ou melhor, sobre a ausência dela? Diz ela que "não me puxa para rapazes" (yeah, right!), que, com a minha idade, a minha mãe já estava farta de namorar (portanto, ela parte do princípio que sabe tudo sobre a minha vida amorosa e que eu nunca namorei) e que não convivo o suficiente com rapazes para que surja apaixonar-me ou apaixonarem-se por mim.

Valerá a pena explicar-lhe que, por norma, não acontece apaixonarmo-nos por amigos de longa data ou grandes amigos (tirando aqui a nossa Meia de Leite, mas a excepçao só confirma a regra), que normalmente são pessoas que aparecem do nada na nossa vida e com quem acontece a tal "faísca" que nos leva a algo mais?

E quanto ao facto de eu não conviver o suficiente, fartei-me de conhecer pessoas (do sexo masculino) este ano. alguns dos quais até se "atiraram" a mim, mas, simplesmente, as coisas não surgiram. Hão-de surgir.

Até porque eu própria estou farta de estar sozinha, é. E sei que, em grande parte é culpa minha, o que ainda me custa mais. Mas odeio que pensem que sabem tudo sobre a minha vida amorosa (tendo em conta que o Verão foi algo atribulado nesse capítulo) e que me tentem dar sugestões e opiniões como se eu estivesse encalhada.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Solidão #2

Hoje é um daqueles dias em que TUDO o que me apetecia era poder estar nos braços de alguém. Perder-me e ser encontrada. Receber mimos.
Sinto-me mesmo muito carente.
Sei que durante muito tempo a opção talvez tenha sido minha. Afastei algumas pessoas a patadas sem sequer o perceber. E, cada vez que algo me corria mal, agarrava-me a alguém que eu tinha consciência que não me preenchia, mas tapava buracos. E ao mesmo tempo impedia-me de avançar e olhar em volta.
Mas agora, que finalmente gosto mais de mim e todo esse cenário me parece realmente impossível, estou imensamente farta de estar sozinha.
Cada vez sinto mais esse peso.
Quero um namorado.
There, I said it!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Há dias assim...

...em que acho que a minha verdadeira vocação deveria ter sido casar, ter filhos e ficar em casa a cuidar deles.
Qual emacipação, qual independência e mérito próprio ?! Eu hoje só me apetecia ser tratada como um verdadeiro objecto....de luxo!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Chamada de Atenção!

Miúdas, escrevam!
Vocês têm tanto para partilhar que é uma pena não o fazerem.
Claro que assim vai parecer que o blog é meu e não nosso.
E nós funcionamos tão bem em equipa que vos peço que escrevam com mais regularidade.
Boa?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Para Sempre

Disse-te ontem, numa conversa (muito agradável, mesmo), que era muito bom saber e sentir, que, apesar do tempo e da distância, ainda me conheces tão bem por dentro, exactamente como sou. Que sabes as palavras que me descrevem, que me tocam, que me desvendam a alma por dentro.
Respondeste-me, com espanto, que nunca, na vida inteira, apesar de tudo o que pudesse acontecer, te esquecias dos amigos verdadeiros e que esperavas que eu soubesse o que significo para ti.
Sei. Sempre soube e acho que hei-de sempre saber. É das poucas certezas que trago comigo, agarrada às costas da minha pele.
Por isso é que às vezes me custa tanto a distância. Por isso e por saber que há alturas em que um abraço teu, apenas um abraço teu, chegava para tornar cor-de-rosa o mais cinzento dos dias. É tão bom, em dias que tudo é cada mais éfemero e descartável, saber que há mesmo coisas que são para sempre.
Nós somos. A amizade que temos e o carinho que sentimos um pelo outro.
E hoje, apesar de já não estar apaixonada por ti, apesar de já não te amar da forma que uma mulher ama um homem, não hesito em dizer que te amo e que te irei sempre amar.
Pela beleza do que conseguimos criar a partir de um sentimento de adolescentes.
De facto, não podia haver melhor música para nos caracterizar do que a que ambos sabemos que é e será sempre, nossa. E espero um dia hei-de ouví-la, ao vivo, ao teu lado.
A vida mudou-nos os sentidos e levou-nos para longe de nós, mas nós trocamos-lhe as voltas e mantivemo-nos perto, apesar da distância.
De facto, e para sempre, eu tenho tatuado em mim cada lugar teu. Como sei que tu tens, tatuado em mim, cada lugar meu.
Obrigada, pelo privilégio que é, poder ter a certeza de uma amizade tão sólida.

P.s.: e para quem ler e poder achar que é algo mais: não, não é. É tão só e apenas amizade. Inabalável, extremamente forte e indestruível, mas tão só e apenas amizade. Que já foi amor. Mas que se transformou em amizade e carinho puros.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Incrível, inacreditável e extraordinário!

A situação que vou aqui escrever acabou de se passar e confesso que ainda não estou em mim.

Eu explico: há coisa de uns escassos minutos atrás telefonei para as finanças a colocar uma dúvida fiscal e, depois de esperar uma eternidade antes que me atendessem o telefone, lá fui atendida por uma senhora bastante antipática que, antes de me começar a ouvir me disse:

-Vou precisar do número de contribuinte da senhora.

E eu pensei, murmurando para dentro: "mas para quê?", tendo em conta que seria apenas para efeitos estatísticos ou algo semelhante.

E a senhora, depois dessa pergunta, lá me deixou expôr a minha dúvida e lá me respondeu antipaticamente com uma resposta que não me satisfazia, mas que, tendo em conta que ela é profissional dasa finanças e eu leiga no assunto, me deixou, digamos, conformada. E assim, desliguei.

Pois bem. Passados uns minutos toca o meu telemóvel pessoal (sendo que eu tinha ligado do telefone da empresa) e, pelo número pensei logo que se tratava de uma repartição pública, tendo em conta que tenho alguns amigos que trabalham em algumas e estou habituada a que me liguem do local de trabalho.

Atendi assim, na maior das inocências e o mais longe possível do que poderia ser quando, para meu espanto, a minha interlocutora se identifica como sendo das finanças e me pergunta se eu acabei de ligar para a linha de atendimento, ao que respondo afirmativamente e me informa que me está a ligar para me dizer que a informação que me deu não estava totalmente correcta e para me dar, então, a resposta completa e exacta à minha pergunta.

Isto, por si já é espantoso e digno de nota. Mas mais ainda o é a senhora que antes tinha sido bastante antipática estar, neste segundo telefona, maviosa e extremamente educada e prestável bem como o facto de me terem ligado para o telemóvel pessoal, o que indica que, de facto serve de alguma coisa perguntarem-nos o número de contribuinte (e não apenas, como pensei, para efeitos estatísticos) e que se deram ao trabalho de ir ao meu cadastro ver as minhas informações pessoais para me poderem contactar e corrigir a informação errada que me havia sido dada (o que também é louvável e digno de nota muito positiva).

Tendo em conta a incompetência com que me tenho deparado de pessoas a quem pago para me prestarem serviços foi uma surpresa muito agradável isto que acabou de me acontecer e uma prova de que os serviços públicos estão a melhorar.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Solidão

Sinto-me sozinha.

Sim, tenho bastantes amigos. Mas não é dessa solidão que estou a falar.

É da outra. Da solidão de não ter ninguém ao meu lado, de não ter ninguém a quem abraçar, de não ter ninguém quem beijar, ninguém com quem fazer amor, ninguém ao lado de quem dormir abraçada, ninguém ao meu lado quando acordo para sorrir e dizer "bom dia", sentindo que, mesmo o mundo desabasse a vida me corresse mal, tê-lo ao meu lado ajudava a que tudo fizesse sentido.

Acho que foi mesmo por tudo isto, por esta necessidade de dar e receber, de sentir, ainda que em vão, que tenho alguém, que me mantive, durante tanto tempo, agarrada a alguém que não me dizia nada, que não me trazia nada de bom e que só me fazia ficar ainda mais distanciada de mim própria pela falta de auto-respeito que significava estar com ele, ainda que por momentos.

Aquilo que me podia acontecer de melhor nos próximos tempos era mesmo aparecer alguém que me arrebatasse o coração.

Eu sou feliz sozinha, até porque sou da opinião que se não formos felizes connosco não o seremos com ninguém. Mas há alturas em que apetece uma companhia, um abraço, um beijo de alguém especial.

Sou romântica, sou lamechas e, sobretudo, sei que tenho imenso para dar e receber, acredito no amor e em relações a dois e acho que as coisas fazem mais sentido a dois do que a um.

E por isto é que tenho muitos momentos em que me custa terrivelmente não ter ninguém e o sentimento de solidão e vontade de ter alguém ao meu lado, for good, bate mais forte.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007



Será por isto que não me sai da cabeça o "I think I'm love" da Shania Twain? Nervos...

Hum...

Pois é, parece que aqui a riscadinha está a começar a sentir alguma coisa por alguém...

Acho que comecei a ceder a algo que já sabia que podia vir a sentir a algum tempo. Credo. Esta frase não faz sentido nenhum! Mas eu sei que vocês perceberam. E eu posso sempre explicar melhor.

Então, digamos que conheço o menino em questão há algum tempinho, uns 8 meses, se não estou em erro. E desde o início sempre senti que havia uma empatia entre nós. Certo que a empatia nunca foi desenvolvida. Nunca tomámos café, nunca jantámos fora, nunca fomos ao cinema (pena, pena, pena). Mas falamos e convivemos quase todos os dias, já que ele trabalha no mesmo sítio onde eu trabalho. Digamos até que, de certa forma, ele "trabalha para mim". E sempre senti que ele me olhava com alguma admiração. Que não sei se é apenas admiração pelo meu trabalho e por tudo aquilo que tento construir/fazer ou se tem também alguma admiração por mim enquanto pessoa, mas, sem me pôr para aqui com falas modéstias, até penso que sim.

E sim, também eu sinto há já algum tempo uma atracção por ele que se tem vindo a transformar em admiração à medida que me apercebo da pessoa fantástica que ele é. É, antes demais, atencioso, boa pessoa, bastante puro e até algo ingénuo, o que agrada sobejamente. Não, não é nenhum totó ;)

Mas nunca me tinha dado ao trabalho de pensar sequer muito nisto porque o sabia compromotido. Já para não falar no facto de ele ser mais novo do que eu (não sou pedófila, mas não me falta muito). Pronto, são só uns 3 anos. Ih ih ih.

Há alguns dias atrás soube que ele e a namorada tinham terminado. E, já que eu sempre tinha dito que, caso ele não fosse comprometido pensava no caso, não faltei à palavra e pensei mesmo. E confesso que me agradou. Agradou bastante, até.

Mas vamos com calma, muita calma. Porque parece-me a mim (tenho uma bela informadora) que ele anda triste pelo fim da relação e eu não me quero entusiasmar muito antes de saber se aquilo terminou de vez ou ainda há hipótese de se reconciliarem (não desejo mal nenhum à menina em questão, mas confesso que preferia que não).

E pronto, assim estamos. Acho que me estou a começar a apaixonar. E confesso que já mal me lembrava como era, mas é bom :)

P.S.: texto interrompido a meio devido a 20 minutos de conversa com o menino questão. Conversa essa interrompida por uma mensagem da menina meia lua a quem, confesso, fiquei com vontade de apertar o pescoço ;)