segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

E quando...

de repente, uma tia nossa, de quase 80 anos, se lembra de dissertar sobre a nossa vida amorosa, ou melhor, sobre a ausência dela? Diz ela que "não me puxa para rapazes" (yeah, right!), que, com a minha idade, a minha mãe já estava farta de namorar (portanto, ela parte do princípio que sabe tudo sobre a minha vida amorosa e que eu nunca namorei) e que não convivo o suficiente com rapazes para que surja apaixonar-me ou apaixonarem-se por mim.

Valerá a pena explicar-lhe que, por norma, não acontece apaixonarmo-nos por amigos de longa data ou grandes amigos (tirando aqui a nossa Meia de Leite, mas a excepçao só confirma a regra), que normalmente são pessoas que aparecem do nada na nossa vida e com quem acontece a tal "faísca" que nos leva a algo mais?

E quanto ao facto de eu não conviver o suficiente, fartei-me de conhecer pessoas (do sexo masculino) este ano. alguns dos quais até se "atiraram" a mim, mas, simplesmente, as coisas não surgiram. Hão-de surgir.

Até porque eu própria estou farta de estar sozinha, é. E sei que, em grande parte é culpa minha, o que ainda me custa mais. Mas odeio que pensem que sabem tudo sobre a minha vida amorosa (tendo em conta que o Verão foi algo atribulado nesse capítulo) e que me tentem dar sugestões e opiniões como se eu estivesse encalhada.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Solidão #2

Hoje é um daqueles dias em que TUDO o que me apetecia era poder estar nos braços de alguém. Perder-me e ser encontrada. Receber mimos.
Sinto-me mesmo muito carente.
Sei que durante muito tempo a opção talvez tenha sido minha. Afastei algumas pessoas a patadas sem sequer o perceber. E, cada vez que algo me corria mal, agarrava-me a alguém que eu tinha consciência que não me preenchia, mas tapava buracos. E ao mesmo tempo impedia-me de avançar e olhar em volta.
Mas agora, que finalmente gosto mais de mim e todo esse cenário me parece realmente impossível, estou imensamente farta de estar sozinha.
Cada vez sinto mais esse peso.
Quero um namorado.
There, I said it!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Há dias assim...

...em que acho que a minha verdadeira vocação deveria ter sido casar, ter filhos e ficar em casa a cuidar deles.
Qual emacipação, qual independência e mérito próprio ?! Eu hoje só me apetecia ser tratada como um verdadeiro objecto....de luxo!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Chamada de Atenção!

Miúdas, escrevam!
Vocês têm tanto para partilhar que é uma pena não o fazerem.
Claro que assim vai parecer que o blog é meu e não nosso.
E nós funcionamos tão bem em equipa que vos peço que escrevam com mais regularidade.
Boa?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Para Sempre

Disse-te ontem, numa conversa (muito agradável, mesmo), que era muito bom saber e sentir, que, apesar do tempo e da distância, ainda me conheces tão bem por dentro, exactamente como sou. Que sabes as palavras que me descrevem, que me tocam, que me desvendam a alma por dentro.
Respondeste-me, com espanto, que nunca, na vida inteira, apesar de tudo o que pudesse acontecer, te esquecias dos amigos verdadeiros e que esperavas que eu soubesse o que significo para ti.
Sei. Sempre soube e acho que hei-de sempre saber. É das poucas certezas que trago comigo, agarrada às costas da minha pele.
Por isso é que às vezes me custa tanto a distância. Por isso e por saber que há alturas em que um abraço teu, apenas um abraço teu, chegava para tornar cor-de-rosa o mais cinzento dos dias. É tão bom, em dias que tudo é cada mais éfemero e descartável, saber que há mesmo coisas que são para sempre.
Nós somos. A amizade que temos e o carinho que sentimos um pelo outro.
E hoje, apesar de já não estar apaixonada por ti, apesar de já não te amar da forma que uma mulher ama um homem, não hesito em dizer que te amo e que te irei sempre amar.
Pela beleza do que conseguimos criar a partir de um sentimento de adolescentes.
De facto, não podia haver melhor música para nos caracterizar do que a que ambos sabemos que é e será sempre, nossa. E espero um dia hei-de ouví-la, ao vivo, ao teu lado.
A vida mudou-nos os sentidos e levou-nos para longe de nós, mas nós trocamos-lhe as voltas e mantivemo-nos perto, apesar da distância.
De facto, e para sempre, eu tenho tatuado em mim cada lugar teu. Como sei que tu tens, tatuado em mim, cada lugar meu.
Obrigada, pelo privilégio que é, poder ter a certeza de uma amizade tão sólida.

P.s.: e para quem ler e poder achar que é algo mais: não, não é. É tão só e apenas amizade. Inabalável, extremamente forte e indestruível, mas tão só e apenas amizade. Que já foi amor. Mas que se transformou em amizade e carinho puros.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Incrível, inacreditável e extraordinário!

A situação que vou aqui escrever acabou de se passar e confesso que ainda não estou em mim.

Eu explico: há coisa de uns escassos minutos atrás telefonei para as finanças a colocar uma dúvida fiscal e, depois de esperar uma eternidade antes que me atendessem o telefone, lá fui atendida por uma senhora bastante antipática que, antes de me começar a ouvir me disse:

-Vou precisar do número de contribuinte da senhora.

E eu pensei, murmurando para dentro: "mas para quê?", tendo em conta que seria apenas para efeitos estatísticos ou algo semelhante.

E a senhora, depois dessa pergunta, lá me deixou expôr a minha dúvida e lá me respondeu antipaticamente com uma resposta que não me satisfazia, mas que, tendo em conta que ela é profissional dasa finanças e eu leiga no assunto, me deixou, digamos, conformada. E assim, desliguei.

Pois bem. Passados uns minutos toca o meu telemóvel pessoal (sendo que eu tinha ligado do telefone da empresa) e, pelo número pensei logo que se tratava de uma repartição pública, tendo em conta que tenho alguns amigos que trabalham em algumas e estou habituada a que me liguem do local de trabalho.

Atendi assim, na maior das inocências e o mais longe possível do que poderia ser quando, para meu espanto, a minha interlocutora se identifica como sendo das finanças e me pergunta se eu acabei de ligar para a linha de atendimento, ao que respondo afirmativamente e me informa que me está a ligar para me dizer que a informação que me deu não estava totalmente correcta e para me dar, então, a resposta completa e exacta à minha pergunta.

Isto, por si já é espantoso e digno de nota. Mas mais ainda o é a senhora que antes tinha sido bastante antipática estar, neste segundo telefona, maviosa e extremamente educada e prestável bem como o facto de me terem ligado para o telemóvel pessoal, o que indica que, de facto serve de alguma coisa perguntarem-nos o número de contribuinte (e não apenas, como pensei, para efeitos estatísticos) e que se deram ao trabalho de ir ao meu cadastro ver as minhas informações pessoais para me poderem contactar e corrigir a informação errada que me havia sido dada (o que também é louvável e digno de nota muito positiva).

Tendo em conta a incompetência com que me tenho deparado de pessoas a quem pago para me prestarem serviços foi uma surpresa muito agradável isto que acabou de me acontecer e uma prova de que os serviços públicos estão a melhorar.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Solidão

Sinto-me sozinha.

Sim, tenho bastantes amigos. Mas não é dessa solidão que estou a falar.

É da outra. Da solidão de não ter ninguém ao meu lado, de não ter ninguém a quem abraçar, de não ter ninguém quem beijar, ninguém com quem fazer amor, ninguém ao lado de quem dormir abraçada, ninguém ao meu lado quando acordo para sorrir e dizer "bom dia", sentindo que, mesmo o mundo desabasse a vida me corresse mal, tê-lo ao meu lado ajudava a que tudo fizesse sentido.

Acho que foi mesmo por tudo isto, por esta necessidade de dar e receber, de sentir, ainda que em vão, que tenho alguém, que me mantive, durante tanto tempo, agarrada a alguém que não me dizia nada, que não me trazia nada de bom e que só me fazia ficar ainda mais distanciada de mim própria pela falta de auto-respeito que significava estar com ele, ainda que por momentos.

Aquilo que me podia acontecer de melhor nos próximos tempos era mesmo aparecer alguém que me arrebatasse o coração.

Eu sou feliz sozinha, até porque sou da opinião que se não formos felizes connosco não o seremos com ninguém. Mas há alturas em que apetece uma companhia, um abraço, um beijo de alguém especial.

Sou romântica, sou lamechas e, sobretudo, sei que tenho imenso para dar e receber, acredito no amor e em relações a dois e acho que as coisas fazem mais sentido a dois do que a um.

E por isto é que tenho muitos momentos em que me custa terrivelmente não ter ninguém e o sentimento de solidão e vontade de ter alguém ao meu lado, for good, bate mais forte.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007



Será por isto que não me sai da cabeça o "I think I'm love" da Shania Twain? Nervos...

Hum...

Pois é, parece que aqui a riscadinha está a começar a sentir alguma coisa por alguém...

Acho que comecei a ceder a algo que já sabia que podia vir a sentir a algum tempo. Credo. Esta frase não faz sentido nenhum! Mas eu sei que vocês perceberam. E eu posso sempre explicar melhor.

Então, digamos que conheço o menino em questão há algum tempinho, uns 8 meses, se não estou em erro. E desde o início sempre senti que havia uma empatia entre nós. Certo que a empatia nunca foi desenvolvida. Nunca tomámos café, nunca jantámos fora, nunca fomos ao cinema (pena, pena, pena). Mas falamos e convivemos quase todos os dias, já que ele trabalha no mesmo sítio onde eu trabalho. Digamos até que, de certa forma, ele "trabalha para mim". E sempre senti que ele me olhava com alguma admiração. Que não sei se é apenas admiração pelo meu trabalho e por tudo aquilo que tento construir/fazer ou se tem também alguma admiração por mim enquanto pessoa, mas, sem me pôr para aqui com falas modéstias, até penso que sim.

E sim, também eu sinto há já algum tempo uma atracção por ele que se tem vindo a transformar em admiração à medida que me apercebo da pessoa fantástica que ele é. É, antes demais, atencioso, boa pessoa, bastante puro e até algo ingénuo, o que agrada sobejamente. Não, não é nenhum totó ;)

Mas nunca me tinha dado ao trabalho de pensar sequer muito nisto porque o sabia compromotido. Já para não falar no facto de ele ser mais novo do que eu (não sou pedófila, mas não me falta muito). Pronto, são só uns 3 anos. Ih ih ih.

Há alguns dias atrás soube que ele e a namorada tinham terminado. E, já que eu sempre tinha dito que, caso ele não fosse comprometido pensava no caso, não faltei à palavra e pensei mesmo. E confesso que me agradou. Agradou bastante, até.

Mas vamos com calma, muita calma. Porque parece-me a mim (tenho uma bela informadora) que ele anda triste pelo fim da relação e eu não me quero entusiasmar muito antes de saber se aquilo terminou de vez ou ainda há hipótese de se reconciliarem (não desejo mal nenhum à menina em questão, mas confesso que preferia que não).

E pronto, assim estamos. Acho que me estou a começar a apaixonar. E confesso que já mal me lembrava como era, mas é bom :)

P.S.: texto interrompido a meio devido a 20 minutos de conversa com o menino questão. Conversa essa interrompida por uma mensagem da menina meia lua a quem, confesso, fiquei com vontade de apertar o pescoço ;)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Aprendizagens

Com o passar do tempo tenho percebido:

-que o que não nos mata torna-nos REALMENTE mais fortes
-que nunca nada é tão negro como parece
-que há sempre uma forma de ultrapassarmos até aquilo que parece o pior cenário do mundo
-que nem tudo corre como queremos, mas que, muitas vezes, até é melhor que assim seja
-que as contrariedades e as alturas de crise são, de facto, momentos de aprendizagem e crescimento por excelência
-que as vitórias, por mais pequenas que seja, se tiverem sido fruto de trabalho árduo e muito esforço, sabem maravilhosamente bem
-que aquilo em que acreditamos profundamente e pelo qual lutamos com todas as nossas forças, por mais trabalho que dê, acaba por se concretizar, mais cedo ou mais tarde

Este post é, de certa forma, dedicado à minha grande amiga meia-de-leite, com quem hoje ao telefone tive uma conversa que versou grande parte destes assuntos. Mas é também uma forma de fazer um balanço de tudo aquilo por que tenho passado nos últimos tempos.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

1º livro, página 161, 5ª frase completa

"Bake at 375 degrees for approximately 25 minutes."

Não é um livro tradicional, é um e-book (mais próximo era difícil). O título é 700 Cakes. Os graus são obviamente Farenheit. A receita: Sour Cream Breakfast Cake.
Não experimentei nenhuma destas receitas, estava a consultar por curiosidade e lembrei-me que tinha sido desafiada.

A ideia é a seguinte:
1º) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procurar a 5ª frase completa;
4º) Postar essa frase no seu blog;
5º) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6º) Repassar para outros 5 blogs.

Em vez de passar a mais 5 vou aguardar ansiosamente para saber o que andam a ler as outras meias :)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

R-E-S-P-E-C-T II

Mesmo a propósito do post anterior, mas também porque que adoro a música, aqui fica:
(não coloquei mesmo o video, pois o you tube não gosta de mim e não colaborou)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

R-E-S-P-E-C-T

A propósito de respeito, triste figura a de Ricardo Costa a propósito da decisão de Santana Lopes em abandonar uma entrevista na SICnotícias após ter sido interrompido para se transmitir em directo a chegada de José Mourinho a Lisboa.
Eu, que nunca pensei dizer uma coisa destas, apoio Santana Lopes (menos na forma, mas a expressão oral não é o seu forte).
É que tal como Ricardo Costa se recusa a ver, as frequentes interrupções de entrevistas, reportagens e mesmo outra programação, por causa de directos que francamente são da treta, é uma enorme falta de respeito não só pelos entrevistados/envolvidos, como pelo público.
Este tipo de pseudo-jornalismo/sensacionalismo rasca que começou por caracterizar a TVI, invadiu a informação na televisão Portuguesa em geral e já incomoda o suficiente para ter desistido das notícias na TV. Para quê ficar hora e meia a ver directos perfeitamente dispensáveis e, esses sim, desproporcionados sobre treinadores de futebol ou a última cena de faca e alguidar em "Cascalheiras de baixo", quando tenho boas notícias por escrito, sem atentados à língua Portuguesa (pelo menos não tantos) à distância de um quiosque ou de um clique?
Fica aqui o meu recado: Senhores directores de informação e demais responsáveis por essa àrea nas nossas Televisões, ganhem juízo!

domingo, 16 de setembro de 2007

ATENÇÃO!

Miúdas!
Este Blog precisa de ser agitado...
;)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Cada um sabe de si...

Estava eu a fazer Zapping (um dos meus desportos favoritos, confesso) antes das notícias às 13 horas, quando ao passar pelo programa da Fátima Lopes, me deparo com o Cláudio Ramos a sair-se com esta:

..."porque eu posso ter este ar, mas gosto das coisas pela frente"...

(sem comentários)

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Constatação #1

Eu devo ter MESMO muita sorte ao amor, apesar de ainda não a ter descoberto:p
É que ao jogo... não dá, não dá, não dá!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O nosso brilhante país, vulgo, sistema de educação!

Giro uma associação sem fins lucrativos, de futuro carácter de solidariedade social, que, além de muitas outras coisas, acompanha miúdos com dificuldades escolares. Se bem que não vem totalmente ao caso, fica sempre bem uma introdução.
Pois o que aqui vou falar é sobre as nossas escolas, o nosso sistema educativo, a nosso ensino, como vai de mal a pior.
Podia dar "n" exempelos, mas o de hoje é bastante flagrante.
A propósito de um aluno que é seguido no centro a vários níveis foi-me requisitado pela família que enviasse um relatório ao director de turma para ver se o aluno passava de ao, uma vez que, a reprovar, seria a terceira vez, ou seja, iria frequentar o mesmo ano pela quarta vez consecutiva e, além disso, os problemas dele não são a nível congitivo, mas sim a nível afectivo´e isso lhe bloqueia as aprendizagens e desempenhos na escola.
Pois bem, hoje recebi a resposta do director de turma a esse parecer.
Dizia ele:

"Venho por este meio informar que recebi a sua carta, não relatório, não datado, sobre a situação do aluno tal tal tal, do ano tal, turma tal."

WHAT?

Então nós estamos a falar sobre um aluno cheio de problemas, que estava em riscos de reprovar pela terceira vez consecutiva e o director de turma preocupa-se em que o meu relatório afinal não era um relatório e não tinha data?

For God sake!

E assim vamos. Quando o que mais importa para os professores deste país são pormenores mesquinhos como este em vez dos assuntos principais, das headlines, do que realmente importa, iremos continar sem progredir, lá no fundinho, na caudinha da Europa.

Pergunto: não deveria ser a escola um meio de evoluirmos, de nos ajudar a fazer sobressair o que de melhor há em nós?

Afirmo: os professores não gostam que, mesmo de forma educada e cordial, as pessoas que seguem os alunos e os tentam compreender, lhes digam alguma coisa. Sentem-se questionados e quaxe desautorizados. Tanto que delegam para papel secundário o que importa e se dão ao trabalho de enviar uma carta para corrigir coisas de nada. Coisas de merda.

Caro Sr. Professor: eu sei o que éum relatório. E caso não saiba algumas vezes pode tomar formas parecidas com uma carta. Mas não o é, devido à forma como o assunto é exposto. A data? Esqueci-me. Era assim tão importante, tendo em conta o assunto que estávamos a tratar?

Para si vejo que sim. E assim sendo, sem mais assunto, limito-me a agradecer-lhe as correcções. Tenho a cerreza que me serão MUITO uteía no futuro.

Pôr do sol em Santorini....


domingo, 24 de junho de 2007

Mulheres e homens #1

Quer-me cá parecer que na longa vida deste blog muitos, muitos posts vai haver àcerca deste tema e daí o título que utilizei.

Ora ontem, vínhamos eu e a meia lua a sair de um café, quando, quase sem querer, começámos a ouvir uma conversa entre um grupo,onde predominavam as raparigas. Dizia uma delas (chamemos-lhe amiga 1) assim:

Amiga 1 - Mas tu sabes o teu valor, não sabes? Sabes que é ele quem perde (ou o que ele perde ou que é ele que perde) se acabar, não sabes?

Amiga 2 (a visada) - Sei (com ar de quem não sabe absolutamente nada!) Mas ele não tem consciência...

Ok, vamos fazer aqui um parentesis! Não, querida, não sabes. Porque se realmente soubesses não dizias que ele não tem consciência. Porque basta que tu tenhas consciência de que, de facto, é ele quem perde.

Pronto. Era simples se a dita conversa (diga-se de passagem em tom bastante alto) ficasse por aqui. E, se assim fosse,talvez eu nem me desse ao trabalho de escrever, apesar de achar que, de facto, nós mulheres precisamos de ter MESMO consciência que, por norma, quem perde quando s coisas acabam são eles. Mesmo que assim não seja. E porque é que temos de ter esta consciência? Porque temos que gostar de nós acima de tudo, senão ninguém gosta nem nós gostamos de ninguém. As atitudes dos outros em relação a nós são na maior parte dpos casos um reflexo das nossas atitudes face a nós próprios e face aos outros.

MAS (há sempre um mas) o melhor, a pérola da noite estava para vir, na boca da amiga 1. Houve provavelmente qualquer coisa que eu não ouvi enquanto em pensamento pensava que a amiga 2 de facto não tinha muita crença no valor próprio quando ouço este brilhante, este comentário 7ª maravilha, esta pérola do raciocínio feminino que agora partilho com vocês:

Amiga 1 - Olha, cá eu, desde que ele venha lavadinho e sem doenças, nao me importa nada. Nada mesmo. Nada, nada.

Bom, bom, bom! Muito bom! Como é que é, cara amiga? Desde que ele venha lavadinho e sem doenças não te preocupas?

Pronto! Seja. Sem querer interferir nas tuas opções e opiniões pessoais (que,já agora, podis exprimir um pouquinho mais baixo, não sei, assim de repente é so uma ideia) aconselhava-te assim vivamente a nunca dizeres isto ao teu dito namorado. Vamos assim só a supôr que ele gosta da ideia. E que vai e volta lavadinho assim um bom par de vezes. Quanto às doenças nada podes garantir, porque, como deves saber há aí muitas escondidas e que não se vêm na cara da pessoa. E, além disso, quem sabe um dos dias ele vai e... não volta. E depois choras e ouves a tua amiga a dizer-te a ti:

"Sabes o que ele perde se ficar sem ti, não sabes?"

Pois é. E sendo assim aconselhava-te mesmo vivamente a não dizeres esta brilhante frase ao teu namorado. Assim de repente não me parece nada boa ideia. É que não fica mesmo nada bem. E nunca se sabe o que poderá acontecer depois. É que lavadinho ele volta, mas pode voltar com doenças (o pior que pode acontecer) e pode até não voltar.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Meia Desfeita #3: as minhas manias!

Vamos cá recuperar uma coisa que andava em voga nos blogs para aí há um ano: as minhas manias:

1- Mania de ser ansiosa e querer as coisas logo. Aliás, uma das frases que me caracteriza é: (às vezes) (ainda) não sei (bem) o que quero, mas quero-o já!

2- Mania de dormir sempre, sempre, de barriga para baixo e abraçada às almofadas. Aliás, se não estiver nesta posição não adormeço.

3- Mania de, às vezes desaparecer sem deixar rasto, mas achar sempre que são os outros que não querem saber de mim e de ser insegura e achar que ninguém gosta de mim (estou MUITO melhor!)

4- Mania de fazer sempre um estardalhaço na cozinha sempre que cozinho (e eu cozinho todos os dias). Simplesmente não me consigo habituar a limpar uma pecinha de loiça de cada vez que a sujo. Sujo tudo primeiro e arrumo tudo depois.

7- Mania de ser desarrumada e deixar tudo espalhado pela casa e depois, por causa disso, nunca saber onde pûs as coisas, especialmente a carteira e o telemóvel, mesmo que tenha acabado de lhes mexer.

8- Mania de, quando vou pôr gasolina, encher o depósito até à última gota e depois andar dias a fio a olhar para o ponteiro e a rezar para que ele não descole.

11- Mania de andar sempre a comprar produtos novos para o cabelo.

12- Mania de querer sempre ler revistas novas, mas, quando as tenho na mão só as folhear e não prestar atenção a nada do que lá vem.

13- Mania de pensar imenso na vida todos os dias antes de adormecer e de imaginar tudo e mais alguma coisa.

14- Mania que, faça o que faça, ou sempre ouvir um "não" e, por causa disso, muitas vezes nem tentar.

15- Mania de pensar demais nas coisas (também estou MUITO melhor: antigamente era capaz de ficar dias a pensar na mesma coisa: agora penso muito durante uma hora, duas e depois passa).

16- Mania de escrever muito. Porque tenho sempre que justificar tudo o que escrevo ou digo (também estou melhor). E de ser um bocadinho exagerada de cada vez que faço planos e querer tudo de uma vez.

Epah, sou mesmo manienta ;)

Homens e mulheres

Li ontem, num artigo da activa que analisava e explicava diferenças entre homens e mulheres que os homens pensam em sexo a cada 52 segundos e nós, mulheres, apenas uma vez por dia!

Esperem. Pára tudo? Uma vez por dia? Pronto, ok, vou só ali dar uma gargalhada e já volto.

...

Já fui. Não passou o espanto nem a admiração.

1 vez por dia? Só?!

Daqui concluo que eu não devo ser mulher.

1 vez por dia?

Tá bem, abelha!
Não quando as pessoas dizem que nós estamos a fazer alguma coisa mal e a propósito disso acrescentam: "e já não é de agora". E não tem a ver com me dizerem que estou a fazer algo mal. Isso é normal, não sou perfeita e farto-me de falhar. E até nem me custa muito dar o braço a torcer e dar razão aos outros. É mesmo o "e não é de agora".

Bolas, então mas se não é de agora, porque é que só disseram agora? É que, por acaso, se tivessem dito antes, talvez nós até tivessemos concordado e tivessémos alterado esse tal comportamento. Pelo menos tínhamos tido oportunidade de o fazer.

Porque muitas vezes nem reparamos que fizemos algo que uma pessoa não gostou. E se não nos disserem, nunca vamos saber. E o que me irrita mais do que tudo é reparar que algo no comportamento dessa pessoa mudou em relação a nós, mas achar "pronto, ok, eu não sou o centro do mundo (e também para não me estar a fazer de vítima, porque odeio esse papel), se calhar passa-se alguma coisa na vida dele que o está a afectar e por isso é que está diferente, não tem nada a ver comigo" e depois perceber que afinal se passava mesmo alguma coisa, que a alteração de comportamento tinha mesmo a ver com algo que fizemos e a pessoa não gosto, mas que não disse. Não nos deu sequer oportunidade para mudar ou explicar.

E também me chateia pensar que a pessoa não disse, mas quando surge nova oportunidade diz "já não é de agora" quase como um truno. "Vês, fizeste isto mal, eu não gostei. E para te provar que tenho razão, já não é de agora". Bolas mais uma vez. Se incomodou na altura, digam na altura. Ou ~se não dizem na altura, calem-se para sempre, como dizem os senhores padres. Mas, já agora, se for importante, não mudem o comportamento face a nós por causa de uma coisa que nem nos passa pela cabeça. Digam-nos, custa assim tanto? É que podemos nem sequer ter reparado que vos incomodava! Só assim de repente. É que não somos masoquistas e a amizade de há tanto tempo ainda vale alguma coisa. Ou não?

Frase para Citar #1

Ontem ouvi uma frase que adorei no final de um episodio da Anatomia de Grey:

"Muitas vezes aquilo que queremos é exactamente aquilo que não podemos ter. Mas, por mais sofrimento que isso nos cause, o pior são aquelas pessoas que não sabem o que querem".

Gostei!

sábado, 9 de junho de 2007

Meia de Leite

Meia Desfeita #2

Eu quero: muitas coisas! Sobretudo, quero-te a ti ;)
Eu tenho: bons amigos, uma boa família, uma profissão que me preenche as horas e as medidas
Eu acho: que o meu projecto vai crescer. E acredito mesmo nisso!
Eu odeio: Pessoas que se acham o centro do mundo e quando os outros não o tratam assim se armam em vítimas! Tira-me do sério!
Eu sinto: que sou capaz!
Eu escuto: quase tudo, dependendo do estado de espírito. Destaco a música portuguesa e, dentro dela, Mafalda Veiga.
Eu cheiro: na maior parte das vezes a Miracle, da Lâncome, mas também gosto de Eau de Issey e Pleasures da Estée Lauder e Hugo, da Hugo Boss. E adoro o cheiro do gel de banho e creme de corpo da nívea e o meu cabelo a cheirar a champôo e amaciador!
Eu procuro: fazer tudo o que posso para ser (mais!) feliz.
Eu arrependo-me: de algumas coisas. Mas acho que sei dar o braço a torcer a maior parte das vezes, admitir quando não tenho razão e não me custa mesmo nada pedir desculpa.E acho que é com os erros que se aprende, por isso fico contente por me arrepender de algumas coisas. É sinal de que aprendi!
Eu amo: a minha família, os meus amigos, o meu trabalho e a minha caEu acredito:dela.
Eu sinto dor: quando perco alguém de quem gosto, quando me sinto incapaz de alguma coisa...
Eu sinto a falta: de algumas pessoas que estão longe e de outras que já não estão.
Eu importo-me: com tudo e mais alguma coisa, mas não devia. Começo a aprender a relativizar, mas ainda rumino muito.
Eu sempre gostei de: praia, sol e mar!
Eu não fico: chateada com as pessoas muito tempo.
nas pessoas!
Eu danço: não danço nada de especial (tirando alguns passinhos nas discos) mas quero MUITO aprender. Adoro danças!
Eu canto: adorava, mas não. Acho que os vidros me agradecem...
Eu choro: quando não consigo algo que quero muito, quando alguém me magoa, quando perco alguém de quem gosto...
Eu falho: ui... todos os dias! Vivendo e aprendendo! Porque acho que é a dar cabeçadas que se aprender.
Eu luto: pelo que acredito e pelas pessoas de quem gosto.
Eu escrevo: muito. E adoro! Um dia ainda publico o “meu livro”.
Eu ganho: Menos mal. Já foi pior e há-de ser melhor em breve!
Eu perco: perder, perder não, mas deixo muita coisa em muitos sítios; o que vale é que ainda lá estão quando as vou buscar.
Eu nunca: digo nunca! As circunstâncias mudam tudo, nunca se sabe...
Eu confundo-me: com as atitudes de algumas pessoas... por exemplo, quando acusam os outros de não gostarem de algumas atitudes, mas nunca terem dito nada, e, de repente, explodirem sem se saber muito bem de onde aquilo veio...e com a maior parte das atitudes dos homens...
Eu estou: na sala da minha casa nova, a falar com uma amiga e a responder a este inquérito.
Eu fico feliz: com muita coisa. Na maior parte dos casos, com um sorriso, uma demonstração de carinho... sou fácil de contentar.
Eu tenho esperança: que fiquemos juntos!
Eu preciso: de férias! Urgentemente!
Eu deveria: ir mais ao ginásio!
Eu não gosto: de meias palavras, meias verdades, de “talvez”, “sei lá” ou “logo de vê”.
Eu sou: a meia desfeita! (só pq n me lembrei de nenhum nome com meia mais original!)
E para terminar e já que a ideia é passar o desafio a mais amigos:
à meia de leite e à meia doida, pois claro!

Meia Desfeita

Nós, as meias!

Há amizades que se desvanecem com o tempo. Outras com a distância. E outras como a nossa que se vão mantendo ao longo do tempo e que, apesar da distância, até se fortalecem.

Pois é. Somos 3 amigas que nos conhecemos há quase 14 anos (no meu caso e no da meia-doida há 16) e que ao fim de um ano de amizade, com apenas 13 anos nos vimos separadas por uma distância de quase 300 km (oh, vida cruel... logo nós, 3 quase-crianças, castas, puras e inocentes, tão boas meninas...). Mas nós (porque somos boas, um urra para nós, vá...) fintamos os planos da vida em separar-nos e teimámos em manter-nos amigas até hoje, passados mais de 13 anos (até fico comovida quando penso no quão boas somos, vá, clap, clap, clap...)

E recentemente resolvemos transformar o blog privado que temos há coisa de quase dois anos num blog público. Apeteceu-nos partilhar as nossas desventuras do dia-a-dia neste maravilhoso mundo feminino: complicações, homens, sexo, profissão, amigos, roupa, futilidades, lágrimas, risos e sorrisos, aventuras e desventuras, desabafos, opiniões, disparates enfim, quase tudo aquilo que se possa partilhar.

Somos jovens, independentes, boazinhas e mázinhas, malucas, anjinhas e diabinhas, impulsivas e ponderadas (errrrr....), teimosas, refilonas, contestatárias, queridas, divertidas, contestárias e queremos da vida o mesmo que todas as pessoas: divertir-nos, aproveitar o melhor que a vida tem para nos dar, aprender e ser felizes, enquanto, ao mesmo tempo, tentamos perceber as coisas e (oh, não, será possível?) essas criaturas misteriosas e fascinantes, que nos fazem tão felizes numas alturas mas que nos dão tanto trabalho na maior parte do tempo: os homens!

E porquê meias? Porque somos daquelas pessoas que vão sempre ao extremo, não nos ficamos pela metade nem deixamos mesmo nada a meio. E porque gostamos de pensar que, afinal, não somos assim tão malucas, que há outras pessoas, noutros lugares do mundo, a passar pelas mesmas situações caricatas com que no dia-a-dia nos deparamos. E também porque, apesar da distância, há muita coisa que fazemos a meias. Como este blog.

Esperamos que se divirtam. Como nós nos iremos divertir a fazê-lo. Digamos que é assim uma espécie de "Anatomia de Grey" de trazer por casa. Só não temos por aqui nenhum Dr. McDreamy... shit! Afinal aquilo que não temos é mesmo, mesmo, assim só a melhor parte da coisa... ou então não. Pois é. Mas é mesmo apenas (e tudo... queriam mais? Ingratos!) que temos para vos oferecer!

Para começar iremos postar aqui algumas coisas sobre nós.

Somos:
-a meia de leite
-a meia desfeita
-a meia doisa