sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Histórias da Vida

"... Nada se repete, nada se promete..." (Mafalda Veiga, Fragilidade, albúm Cantar)

Se isto é uma verdade que gosto de ter presente porque evita muitas desilusões desnecessárias, é também verdade que há situações na nossa vida que são em tudo parecidas com outras que já vivemos e que a sabedoria ganha com o passar dos anos, entre uma e outra situação, nos vai ensinando a identificar e perceber mais facilmente.

Quando conheci o B., já há alguns anos atrás, foi por um acaso necessário. Ou melhor, quando conheci não, porque já nos conhecíamos há um tempo. Quando começámos a falar. Acaso necessário porque estávamos rodeados pelas mesmas pessoas, tínhamos os mesmos amigos, o que fazia com que fosse lógico que, mais cedo ou mais tarde, começássemos a falar. Mas até esse acaso, se pudéssemos, quando iámos na rua, fingíamos que não tinhamos visto o outro. Não por não gostarmos um do outro ou sequer por termos alguma ideia errada, mas apenas porque sim. Não sei explicar muito bem porquê, ele tambem não, mas ambos sabemos que foi assim. Até esse acaso necessário, esse dia em que uma pergunta da parte dele altetou tudo. Sem percebermos muito bem como ou porquê, a verdade é que a partir daí nos tornámos, muito depressa, melhores amigos e confidentes um do outro. E juntamente com isso vieram outros sentimentos. Que eu sempre soube que existiam, mas sempre ignorei. Pensava várias vezes, embora apenas o tenha admitito a uma pessoa, que sentia qualquer coisa por ele, diferente do que já tinha sentido por alguém, mas que não sabia o que era. E talvez por isso, evitava pensar sobre o assunto. Até que, mesmo para mim, se tornou impossível disfarçar e percebi que não só estava apaixonada mas também que, pela primeira vez na vida, amava alguém. Era um sentimento bom, que fazia despertar o melhor que havia em mim, baseado em amizade, confiança, respeito e admiração. Sentia-me bem ao pé dele, nunca faltava assunto entre nós, não tinha vergonha nem medo que ele percebesse o que quer que fosse. Coisa que em mim não era normal.

Actualmente, já escrevi aqui que acho que estou a começar a gostar de alguém. E consigo identificar muitos pontos em comum com esta história que aqui escrevi. Gosto genuinamente deste rapaz como pessoa, acho-o simpático, educado, inteligente, interessante, culto, amável e boa pessoa.

(E o engraçado é que ele é todas estas coisas sem tentar sê-lo. É, simplesmente. Eu tenho assum uma coisa de não suportar pessoas que se fazem passar por coisas que não são apenas porque são inseguras e necessitam de agradar. Mas isto é um aparte).

Gosto de estar com ele, gosto de o ouvir falar, não tenho medo que ele perceba que provavelmente sinto mais alguma coisa por ele do que amizade. A verdade é que não sei muito bem como agir, mas até gostava que ele percebesse. E sinto-me extremamente bem com ele, a falar com ele. Tenho vontade de lhe contar coisas sobre mim e ouvir coisas sobre ele. Gosto de olhar para ele e perceber um sorriso do lado de lá, gosto desta química e desta empatia boa que há entre nós.

Não é paixão, não fico a tremer nem me dá um friozinho na barriga quando estou com ele ou sei que ele está a chegar. É diferente. É de facto, sentir-me bem na presença dele, querer conhecê-lo mais e melhor, querer passar tempo com ele. Ter um carinho tremendo por ele e apetecer-me, frequentemente, abraçá-lo.

E é, sobretudo, sentir que ele faz sobressair o melhor que há em mim. Que me faz não ter medo. Que me faz querer (ainda mais do que já quero) ser melhor. Just like the other one.

2 comentários:

i disse...

Q bom!
Só um comentário: APROVEITA! ;o)
Bjos,

Unknown disse...

enjoy it!!!