Devido à minha profissão, ou, melhor dizendo, formação de base, já abordei este assunto por diversas vezes com algumas pessoas, incluindo a meia de leite, mas, por um qualquer motivo oculto, nunca tinha escrito sobre isto.
Esta Quinta-Feira à noite, estando a ouvir uma pessoa que muito admiro, ouvi-a abordá-lo de uma forma que lançou em mim a lembrança de que também eu pensava assim e a vontade de escrever sobre isto.
Dizia ela que a maior parte das pessoas perde muito tempo a tentar perceber-se e encontrar a sua essência e se esquece de sentir e que é exactamente nos sentimentos que encontramos a nossa essência. e que mostramos o que somos de mais fundo.
"Dá-me um gesto que diga o teu fundo".
Na faculdade eu tinha um professor (de todos, o que mais me marcou) que nos dizia sempre: sintam. Não analisem. Em primeiro lugar, sintam.
O que é que a pessoa X vos faz sentir?
E muitos de nós acabávamos por racionalizar e diziámos tudo menos sentimentos.
E cada vez acredito mais que isto, que tanto o meu professor nos dizia como a pessoa que eu admiro disse, é verdade: se sentíssemos mais e pensássemos menos sobre esses mesmos sentimentos talvez as relações entre as pessoas fossem mais felizes e sobretudo mais saudáveis.
A questão é que acho que muitos de nós, nem que seja numa primeira instância, não sabemos sentir. Não nos sabemos despir de toda a panóplia de intrumentos que utilizamos para racionalizar e analisar e não deixamo os sentimentos fluírem.
(Meia de Leite, lembras-te de algumas conversas nossas em que te dizia: "sim, tens razão em tudo isso, mas o que sentes?" )
Carta ao Pai Natal 2024
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